LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE: A ISCA FATAL

25/10/2018 00:42

   “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (João 8: 32)

            Esta palavra registrada no Evangelho de João e dita há dois mil anos atrás pelo Senhor Jesus Cristo, nunca foi tão atual. Se as nações que foram ceifadas pela revolução comunista tivessem dado crédito a esta advertência, muitos males teriam sido evitados, mais de cem milhões de vidas em quatro continentes teriam sido poupadas e a destruição não ocorreria nas nações por onde esta praga vermelha passou.

            O século XIX foi marcado por sociedades desmanteladas pelo liberalismo dissoluto e dissolvente em que a “liberdade” política é uma idéia e não um fato. Marcado por oscilações econômicas e inquietações das massas no dizer de Gustavo Dott Barroso: “em quem criminosamente se incutiram o desrespeito das superioridades, o ódio às hierarquias e a quimera atroz da absorção da individualidade na unidade simbólica do coletivismo, flagante violação da maior lei da natureza, que é a da desigualdade hierarquizada desde o astro ao inseto” (1). A filosofia do século XVII procurou a liberdade na dissolução completa destes laços e criou, assim, diz o socialista Lasalle (2): “não a liberdade, mas o arbítrio, pois que o homem isolado entregue a si próprio, tendo meios de força ou de corrupção, oprime e, sendo fraco é oprimido”.

Constituída desta forma, apesar dos rótulos liberais, a sociedade é, no dizer de Hobbes: “a guerra de todos contra todos” (3). Já nas palavras de Leon Tolstói: “Não alcançamos a liberdade buscando a liberdade, mas sim a verdade. A liberdade não é um fim, mas uma conseqüência.”

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1 . Integralismo de Norte a Sul,pg.97

2. Capital et travail

3.  Leviathan

            Lançadas desde a antiguidade ao povo as palavras “Liberdade, Igualdade, Fraternidade”; palavras tantas vezes repetidas pelos “papagaios inconscientes” que atraídos de toda parte por esta isca, dela somente tem usado para destruir a prosperidade do mundo, e a verdadeira liberdade individual. Palavras contraditórias, vazias, sem fulcro: Liberdade desmedida leva à desordem; igualdade não existe senão diante da lei, pois os homens são seres individuais; e fraternidade não se realiza em meio à desordem e tribulação; tem que haver paz.

            Diante desta triangulação enganosa de palavras soltas e sem fundamento sólido, nossa sociedade foi levada a um verdadeiro colapso mental que adubado pelo pensamento de Kant, donde tudo deve ser explicado e não existe a verdade absoluta (pegadinha de Kant), relativizou-se tudo. Então, segundo este pensamento há múltiplas verdades; eu tenho a minha verdade, tu tens a tua verdade, ele/ela tem a verdade dele/dela e assim por diante; um grande engano! Pois existe sim a verdade: Ela é única, límpida, pura como água de rocha, a verdade é como um axioma matemático; não precisa ser provada, comprova-se por si própria, a verdade por si só testifica de si mesma. Este pensamento errôneo de Kant impregnou-se por toda sociedade em todas as áreas do conhecimento. No Direito, por exemplo: gerou-se o dito direito positivo (não existe o certo nem o errado), pois se não há um lastro filosófico imultável, real e verdadeiro, então as leis não precisam serem questionadas nem prestarem contas a nada, o que foi dito na lei isso é que vale. Fere-se o direito natural, tão celebrado entre os romanos.

            Assim como a liberdade é uma conseqüência da busca pela verdade, a igualdade entre os homens só existe diante da lei, e a fraternidade acontece espontaneamente quando há paz; então, para haver paz na sociedade faz-se necessária a justiça. “Encontram-se a graça e a verdade, a justiça e a paz se beijaram.” (Salmos 85: 10). Portanto devemos buscar sempre a verdade, pois ela nos libertará de sofismas ou falsos argumentos!

                       “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (João 8: 32)